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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

DESIGN | 24 + Torre Eiffel = UAU!

Estou impressionado com a leveza e a simplicidade do novo logo de uma das concorrentes a cidade-sede das olimpíadas de 2024. Entre as cidades estão Roma, Budapest e Los Angeles e Paris. Essa última deu o ar da graça de sua nova identidade para as Olimpíadas estampando um de seus mais famosos cartões postais: o arco do triunfo. O fato aconteceu na última terça feira, dia 9, e já causou furor por lá. Aqui, pelo Brasil, a notícia chega junto com a quinta feira de cinzas.

Nesse vídeo o making of da preparação para o evento de apresentação, e ficou foda: eles mapearam a torre e fizeram uma espécie de mini abertura para demonstração do logo.



Foi lançado, simbolicamente, às 20:24 no charmoso ponto turístico.

Acreditamos que este logotipo capta a essência de Paris como uma visão de futuro, moderna cidade capital, que é também o orgulho de comemorar sua rica cultura e património. _Bernard Lapasset, presidente do comitê olímpico francês.

E esse é o logotipo:


A ideia é simular um traço orgânico que faça a junção do número 24, respectivo ao ano em que irá se candidatar como sede dos jogos olímpicos, como também a última vez que se candidataram aos jogos, em 1924, e a icônica Torre Eiffel. O resultado é uma solução que consegue dialogar facilmente com muitas plataformas visto da sua simplicidade formal e de fácil memorização. A marca, porém, não tem uma solução diferenciada para os jogos paraolímpicos, como é de costume na maioria das ID's criadas até hoje para o evento global. O custo estimado, de financiamento misto, foi de cerca de 60 milhões de euros. A ideia é divulgar a intenção da cidade de ser cidade-sede nos principais pontos do entorno da capital com materiais gráficos diversos, tudo pautado pela identidade proposta. O logotipo foi criado pela agência Dragon Rouge (FRA) e espero que seja motivo de orgulho para todos os seus idealizadores e idealizadoras.


Fantastique! <3

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Storrytelling x Storylying: mentira tem perna curta?


As novas formas de comunicação exigem mais do que uma simples proposição de venda. O ‘compre já’ deixou de ser um apelo eficiente e até desgastado. O famoso ‘clichê de venda’ não atrai tanta atenção como agora. Mas dá pra resolver isso? Dá.

Quem não gosta de escutar uma boa história?

Pensando nisso, as marcas estão cada vez mais se apropriando de um processo complexo e bem eficaz de aproximação com seus públicos: storytelling.
Contar histórias. Esse é o princípio básico desse processo. Mas não se chegou a essa conclusão de forma rápida. Algumas pessoas já tentaram qualificar esse processo,

‘Storytelling pode ser definido de várias maneiras, mas a que importa nesse caso é que se trata de uma poderosa ferramenta para compartilhar conhecimento, utilizada pelo Homem muito antes do que qualquer mídia social. Para ser mais exato, há algo em torno de 30 a 100 mil anos, quando acredita-se que o Homo Sapiens Sapiens desenvolveu a linguagem.’ Quem disse isso foi o Bruno Scartozzoni,um dos grandes especialistas na área.

Outro cara, o Mauro Pereira de Melo, direto de uma agência que se especializou nessa área, diz o seguinte: ‘O processo de storytelling obedece a algumas fases. Primeiro, a sabedoria de saber ouvir o cliente e outros eventuais atores do processo. Depois passa-se a aprender sobre o negócio e descobrir a sua história (ou outras histórias a serem contadas). O próximo passo é explorar essas histórias, suas variações e implicações para criar conceitos, campanhas e peças que possam encantar o consumidor final.’

Só pra deixar tudo mais didático, o storytelling segue um ciclo bem simples:
# Despertar a sua curiosidade (impacto incital).
# Prender a sua atenção (ganchos e clímax).
# Criar empatia (desafios, e pontos de virada).
# Ajudar a tomar uma decisão (desfecho).

Isso tudo reforçando a personalidade e valores da marca de forma clara e objetiva. claro, migues.

Algumas empresas já fizeram bem isso: Nike, com o clipe 'I Would Run To You' é um bom exemplo: Amor, música e corrida. Uma história crível que poderia ser contada de várias maneiras e com o mote e produto da Nike na mesma proposição de venda.



Outras, talvez nem tanto, como a Gelato Dilleto e a tradição de seu Avó italiano que fazia sorvetes artesanais, história essa que nunca existiu. Segundo Leandro Scabin, um dos sócios da empresa, “A empresa não teria crescido tanto sem a história do avô e o conceito visual que construí­mos.'


Mas até que ponto estamos pronto para aceitar a publicidade e suas complexas histórias sendo verdadeiras ou não. Até onde o fantasioso, 'fake' e o storytelling vão conseguir êxito numa sociedade que anda querendo relações mais estreitas e transparentes com suas marcas?
Eis a questão.

Uma mentirinha boba?

Quem lembra do case ‘meu amor perdido na balada’ da marca Nokia?
Um rapaz, perde o grande amor da sua vida numa balada. Faz um vídeo querendo saber sobre ela. Esse viraliza, as pessoas se comovem. se engajam... alguns dias depois... tudo fake. A nova câmera do Nokia 808 Pure View encontrou a guria. WTF?! Não tinha como não se sentir enganado depois dessa. E foi exatamente o que aconteceu: PROCON e CONAR acionados por muitos consumidores. Foi treta.




Mas, veja bem, essa danada dessa história nos faz lembrar da marca. Que bad.
Mas isso é cientificamente comprovado: o psicólogo Jerome Brumer descobriu que um fato tem 20 vezes mais chance de ser lembrado se estiver ancorado em uma história. Ou seja, a gente prefere ser induzido à compra através de histórias do que através de mensagens de compra 'varejão'.
Quer dizer que queremos ser iludidos? Talvez sim, talvez não. Eu mesmo não.
O caso Nokia é um bom exemplo que às vezes falar a verdade é o caminho mais sustentável para as empresas. Essas mensagens falsianes falsas já possuem um nome não oficial chamado storylying que é um neologismo não oficial mas que veio em defesa da verdade e dos bons costumes.
Enfim, o que se espera é que menos casos assim sejam usados pra criar um sentimento de ilusão que não consegue se manter por muito tempo. O que prova que o ditado popular: 'mentira tem perna curta' também é válido para a comunicação em tempos de politicamente correto, em que a verdade convence mais do que um mentira bem construída.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

DESIGN | JUCO: fotografia, moda e design. Tudo junto.


A gente fica passeando aí pela internet procurando umas coisas legais pra ver e também pra mostrar. Em uma dessas caminhadas despretensiosas encontrei esse duo aí, mas vou deixar de papo e falar logo deles por que não tô aqui pra ficar de conversê mole. 

JUCO vem das iniciais dos nomee dos artistas Julia Galdo (EUA) e Cody Cloud (EUA) que, juntos, andam fazendo um trabalho que envolve fotografia, formas, moda e toque de design tactile. Pra quem não sabe, vai uma breve explicação:
Essa técnica consiste em transformar ilustrações em artefatos visuais 3D, tudo feito à mão. E o charme tá exatamente nisso: nas imperfeições que essa técnica traz ao produto final que dão um tchan diferencial na produção. Envolve recorte, colagens, costura, dobraduras e várias outras técnicas e materiais combinados. Mas isso não descarta uma futura ajudinha de plataformas digitais, uma coisa não anula a outra. Se você der uma pesquisada por aí vai ver muita coisa feita com papel, feito essas exemplos bacanudos aqui:





Mas vamos lá. FOCO Voltando pra o duo...
O JUCO tem seu QG situado em Los Angels (CA) e já fizeram editoriais estiga para várias marcas como The New Yorker, Out Magazine, Teen Vogue, Nylon e Apple, por exemplo.
Numa mistura muito bem condensada entre backdrops muito bacanas, formas geométricas e modelos de forma enérgica e muito bem pensada. Um processo que nem sempre é fácil, mas que dá gosto de ver. Dá uma olhada:



Já deu pra ver que é paulera o negócio, mas fica aí com o resultado dessa viagem visual do JUCO:











segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

+INDICA | O fantástico universo de Mathiole.

Sabe aquela ilustração que você olha e pensa: 'Caramba! Que negócio massa!' 
Pronto, o que o Mathiole faz é mais ou menos isso: cria universos fantásticos, através de várias técnicas, em desenhos e imagens de cair o queixo. 
Do collage até a mistura de traços com a aquarela, o cara mostra que não está aqui para brincadeira. Ele é de Belo Horizonte e mora por aqui mesmo, nas terrinhas tupiniquins. Desenha desde os 14 anos e ganha grana dando vida a sua criações. 
E não teria como se diferente.
"Como acredito tão fortemente que a arte tem o poder de tocar a mente das pessoas e mudar suas percepções , eu gosto de incorporar conceitos positivos, divertidos e otimistas em minhas criações"
#olhaê










+mais+++++++
> site > http://mathiole.com/
> facebook > https://www.facebook.com/Math1ole

quarta-feira, 4 de junho de 2014

DESING | Not Art_Uma releitura geométrica

Os clássicos da arte nos trazem valores, técnicas e até uma carga histórica e política a cada traçada. Não era de se espantar que as figuras geométricas compusessem graficamente essas obras dando um novo olhar sobre as telas. Uma dupla de designers decidiu reinterpretar uma série dessas pinturas, mas, segundo eles mesmos, sem grandes pretensões artísticas, apenas pelo desejo de estudar suas formas primárias e criar novas estruturas dentro delas.
 O resultado é o Not Art, idealizado pelos designers Tamer AlMasri e Mothanna Husseinm(JOR).Um  visual  marcante, às vezes revelando a estrutura geométrica por trás do original, às vezes criando uma nova lógica e proposta para os clássicos que estamos acostumados a ver.







]




sábado, 12 de abril de 2014

+DESIGN | O olhar surrealista de Man Ray

May Ray (EUA) foi um cara complexo: fotógrafo, pintor, artista plástico, Dadaista, Surrealista.Mas foi na fotografia que ele conseguiu (e ainda consegue) deixar rastros de sua engenhosidade.

A partir deles se desencadeiam os primeiros estudos na área de raiografia (ou fotograma), criando imagens abstratas (obtidas sem o auxílio da câmara) mas com a exposição à luz de objetos previamente dispersos sobre o papel fotográfico.

Podíamos falar sobre os trabalhos dele na pintura e no cinema surrealistas, mas vou deixar pra outro dia, viu?

#olhaê













segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

+DESIGN | Os carnavais de Joana Lira

Não é mais segredo para ninguém as potencialidades multiculturais do carnaval de Pernambuco. Os artistas da terra sabem disso e conseguem desenvolver identidades únicas para representar esse movimento cultural de forma mais eficiente possível. Um dos artistas que mais colaboraram para esse processo de adequação de linguagem foi a artista multifacetada Joana Lira. Com traço singular (e uma foliã de carteirinha), Joana promoveu a identidade visual do Carnaval de Recife por alguns anos.
No ano de 2006, um das mais belas. Com peças que chegaram a ter que ser leiloadas para os mais eufóricos. Sem dúvida, uma das mais belas ID feitas para o carnaval. Nesse ano, o homenageado fora o artista Ariano Suassuna e sua alegoria visual fomentada no Movimento Armorial.
Só podiam sair peças primorosas. E foi o que aconteceu.

E que venha o carnaval de Recife/Olinda! 
E que venham identidades visuais de encher os olhos!

#Olhaê